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"É preciso reviver o sonho e a certeza de que tudo vai mudar. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem sabe ver!"


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O SACERDOTE NOS FALA...

EU SOU EU E O OUTRO É UM OUTRO EU


O livro que praticamente me fez enveredar pelo caminho da teologia da libertação e me fez um escritor de psicopedagogia chamava-se “Homem algum é uma ilha”. Foi um feliz reencontro com Thomas Merton a noticia de que o livro, 50 anos depois recebia nova publicação no Brasil pela Verus Editora. É dele umas das jóias que transcrevo da página 10.
“Não pode você dizer-me quem eu sou, e eu não posso dizer-lhe quem você é. Se você não conhece a própria identidade, quem o irá identificar? Os outros podem dar-lhe um nome de um ou um número, mas não podem jamais dizer quem realmente é você. É coisa que só mesmo cada um pode descobrir interiormente”.
Descobrir o “eu” do outro é condição inarredável para descobrirmos o nosso próprio “eu”. Passa-se uma vida inteira para acertar as contas com o próprio eu, e é praticamente impossível definir o “eu” dos outros. Não basta amar. Se amar bastasse, pais e filhos, marido e mulher não teriam tanta dificuldade de conviver. Amam-se, mas, não se compreendem. Amar é querer aprender e compreender, mas não é necessariamente compreender o outro. Ajuda, mas não é tudo. Por isso devemos amar mesmo que não compreendamos.
Quando descobrimos boa parte do nosso eu, o que já pode acontecer na juventude, não precisamos nem devemos esperar descobrir as outras partes de nós mesmos, para só então ir descobrindo os outros. O pouco que sabemos de nós mesmos já é suficiente pra tentarmos descobrir os outros. Eles continuarão nos ajudando nas descobertas do nosso eu e nós lhes ensinaremos a se descobrirem.
Ninguém descobrirá sozinho quem ele é, mas só ele pode assumir essa descoberta. Um outro pode nos ajudar a achar a fonte e o rio, mas beber ou não beber, nadar ou não nadar, depende de nós.
Só entenderei essas coisas, se entender porque ele me chama de outro, ou de tu e porque ele se chama de eu. Terei muito mais dificuldade de ser eu se não aceitar o “eu” dele. O “nós” só dá certo quando um eu respeita o outro eu!
Pe Zezinho, scj

Disponível em: http://www.padrezezinhoscj.com/interna.php?arquivo=ok&flag_area=palavra&id_palavra=37&inicio=30&tamanho=10

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